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Preposição com em inglês by Ulisses Wehby de Carvalho
Introdução
Muitos alunos partem da ideia aparentemente simples de que with = com e, entretanto, acabam trombando com expressões em que a preposição muda completamente. De forma análoga, isso acontece porque cada idioma organiza suas coligações de maneira própria. Este guia, portanto, apresenta de maneira clara, didática e prática os casos em que a preposição com em inglês não é traduzida por with, bem como aqueles em que a equivalência é real e pode ser aplicada sem receio. Assim sendo, você ganha precisão, evita traduções literais que soam artificiais e, acima de tudo, comunica ideias com muito mais naturalidade em diferentes contextos.
Além disso, cada seção foi elaborada para trazer explicações objetivas, exemplos contextualizados, nuances de uso, pronúncia destacada com IPA quando necessário e vários pares de frases (inglês → português). Dessa forma, você compreende não apenas a regra, mas também o funcionamento prático em situações reais. Em resumo, o objetivo é que você reconheça padrões recorrentes, desenvolva sensibilidade para identificar exceções e, sobretudo, passe a escolher a preposição certa com confiança no seu dia a dia, seja em conversas informais, seja em contextos profissionais ou acadêmicos.

Comecei a trabalhar com 15 anos → at (não with)
Em português, falamos “com X anos” para marcar idade. Em inglês, a preposição-padrão é at (/æt/). De acordo com o uso real, at se aplica a idades e a pontos específicos no tempo.
- I started working at 15.
Comecei a trabalhar com 15 anos. - She learned to drive at 18.
Ela aprendeu a dirigir com 18 anos.
João casou com Maria → marry (someone) / get married to (someone)
A construção verbal em inglês muda. O verbo marry (/ˈmæri/) é transitivo direto: não leva preposição antes do objeto. Já a locução get married to usa to.
- She married a doctor from Chicago.
Ela se casou com um médico de Chicago. - My sister is getting married to Tom in July.
Minha irmã vai se casar com o Tom em julho.
Dica: diga married into a family para “casar-se e entrar numa família”: She married into a prominent family.
João é casado com Maria → be married to (someone)
Com o verbo to be, a estrutura é be married to; a preposição to é obrigatória.
- She is married to a Brazilian chef.
Ela é casada com um chef brasileiro. - He remains happily married to his partner.
Ele continua felizmente casado com o parceiro.
Ele sonha com a aposentadoria → dream of / dream about
Para “sonhar com”, use dream of (/driːm ʌv/) quando a ideia é aspiração/desejo; dream about (/driːm əˈbaʊt/) é mais amplo (também para sonhos noturnos), embora ambos apareçam em contextos próximos.
- We all dream of a better work–life balance.
Todos sonhamos com um equilíbrio melhor entre trabalho e vida pessoal. - I often dream about traveling the world.
Com frequência, sonho em viajar pelo mundo.
Eu me preocupo com você → worry about (e sinônimos úteis)
A construção padrão é worry about (/ˈwɜri/). Em registros ligeiramente mais formais, você verá be concerned about.
- She worries about her parents’ health.
Ela se preocupa com a saúde dos pais. - He’s concerned about our deadline.
Ele está preocupado com nosso prazo.
Ela se decepcionou com ele → be disappointed with / in / by
Há nuances: disappointed with algo (resultado/desempenho), disappointed in alguém (caráter/comportamento) e disappointed by evento/ação específica. Na prática, há sobreposição, mas as tendências ajudam.
- She was disappointed with his performance.
Ela ficou decepcionada com o desempenho dele. - I’m disappointed in you, Tom.
Estou decepcionado com você, Tom. - They were disappointed by the final decision.
Eles se decepcionaram com a decisão final.
Pode contar comigo → count on / rely on / depend on
Para “contar com alguém”, prefira count on (/kaʊnt ɑn/). Em contextos mais neutros/formais, rely on e depend on funcionam muito bem.
- You can count on me anytime.
Pode contar comigo a qualquer momento. - They rely on volunteers to run the program.
Eles contam com voluntários para tocar o programa. - He depends on public transport to get to work.
Ele depende de transporte público para ir ao trabalho.
Quando “com” é with: equivalência real (use sem medo)
Nem sempre a preposição com em inglês muda. Em diversos verbos e adjetivos, with corresponde diretamente a “com”. Abaixo, muitos padrões úteis (e naturais):
- I agree with you.
Concordo com você. - I argued with him for hours.
Briguei/discuti com ele por horas. - I’m satisfied with the result.
Estou satisfeito com o resultado. - She’s happy with the outcome.
Ela está feliz com o desfecho. - He’s angry with his brother.
Ele está bravo com o irmão. - I’m upset with the team.
Estou chateado com a equipe. - She’s patient with children.
Ela é paciente com crianças. - He’s good with numbers.
Ele é bom com números. - Be careful with that knife.
Cuidado com essa faca. - We dealt with the issue quickly.
Lidamos com o problema rapidamente. - I shared the document with the whole class.
Compartilhei o documento com a turma toda. - She spoke with the manager after the meeting.
Ela falou com o gerente após a reunião. - This shirt goes well with those jeans.
Esta camisa combina com aquela calça jeans. - Can you help me with this report?
Você pode me ajudar com este relatório?
Correção importante: “Preencher com caneta” não soa natural com with. Prefira fill it out in pen (ou use a pen to fill it out).
- Please fill it out in pen.
Por favor, preencha de caneta.
Expressões fixas em que “com” vira outra preposição (ou vira advérbio)
Em muitos usos cristalizados, o inglês escolhe outra preposição — ou nenhuma.
Medo / vontade / pressa / antecedência
- I’m afraid of spiders.
Tenho medo de aranhas. - She’s scared of flying.
Ela tem medo de voar. - I feel like ice cream.
Estou com vontade de tomar sorvete. - We’re in a hurry today.
Estamos com pressa hoje. - Book your tickets in advance.
Compre as passagens com antecedência.
Desconto / temperatura / preço
- They sold it at a discount.
Eles venderam com desconto. - Set the oven at 200°C.
Deixe o forno a 200 °C. - The shoes are on sale at $49.
Os sapatos estão com preço de 49 dólares.
Saúde / estados físicos
- I have a headache.
Estou com dor de cabeça. - He has a cold.
Ele está com resfriado.
Cautela extra com “falar com”
Talk to e talk with aparecem ambos. Talk to é ligeiramente mais frequente; talk with realça interação bilateral.
- I need to talk to you about this.
Preciso falar com você sobre isso. - She talked with her mentor after class.
Ela conversou com a mentora depois da aula.
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Pela educação
A concorrência brutal no ambiente digital faz com que criadores de conteúdo educacional enfrentem desafios cada vez maiores para alcançar novos leitores e manter o interesse de quem já acompanha. Afinal, a internet está repleta de distrações e, muitas vezes, o que é puramente entretenimento ganha mais espaço do que materiais de estudo. Ainda assim, precisamos valorizar e divulgar iniciativas que têm como propósito ensinar, orientar e inspirar.
Além disso, a educação é um direito de todos e, portanto, deve ser estimulada em todas as suas formas. Em contrapartida ao excesso de informações superficiais que circulam online, cada gesto de compartilhamento de conteúdo educacional ajuda a ampliar o alcance de materiais que realmente fazem diferença. Assim também, quando você compartilha um post, comenta ou recomenda a amigos, está participando ativamente dessa luta em prol do conhecimento.
Em síntese, apoiar a educação é investir em um futuro melhor, mais justo e mais consciente. Portanto, participe, divulgue e, sobretudo, contribua para que mais pessoas tenham acesso a informações de qualidade.
Speak up! We’re listening…
Você achou as explicações realmente úteis? As frases apresentadas ficaram claras e, ao mesmo tempo, fáceis de adaptar ao seu contexto diário de estudo ou de trabalho? Já conhecia essas diferenças entre o português e o inglês ou, eventualmente, ainda confunde alguns casos da preposição com em inglês? Afinal, é natural que alguns detalhes causem dúvida, sobretudo quando lidamos com situações novas. Ainda que você já domine parte do conteúdo, vale a pena reforçar e, por vezes, revisar os pontos mais delicados.
Portanto, conte nos comentários o que mais atrapalha sua compreensão e, acima de tudo, compartilhe exemplos práticos que você encontra em conversas, em tarefas profissionais ou mesmo em atividades acadêmicas. Dessa maneira, em contrapartida, ajudamos mais leitores a superar os mesmos obstáculos. Além disso, essa troca de experiências serve não apenas para consolidar o aprendizado individual, mas igualmente para enriquecer a comunidade. Assim sendo, sempre que possível, registre suas dúvidas, traga contribuições e, em síntese, participe ativamente.
Bons estudos! A gente se fala…
Conclusão
Em resumo, traduzir “com” em inglês exige, antes de mais nada, atenção cuidadosa ao padrão de cada expressão, já que, afinal, não existe uma única equivalência automática. Primeiramente, é preciso perceber que usamos at para marcar idade, como em I started working at 15. Em contrapartida, com o verbo marry emprega-se estrutura sem preposição (marry someone), ao passo que, em be married to, a preposição obrigatória é to. Além disso, em contextos de aspiração ou desejo, a construção correta é dream of ou dream about, enquanto que, para indicar preocupação, a forma certa é worry about.
Surpreendentemente, até mesmo a palavra disappointed apresenta variações importantes: disappointed with, disappointed in e disappointed by. Portanto, é fundamental observar o detalhe de cada situação. Ainda mais, quando falamos em confiar ou depender de alguém, temos as formas count on, rely on e depend on, que se distanciam, de forma análoga, do simples uso de with.
Todavia, há ampla equivalência real com with em diversas estruturas. De acordo com os usos mais frequentes, podemos citar agree with, argue with, satisfied with, good with, careful with, deal with e share with. Assim também, não apenas essas combinações são naturais, mas igualmente necessárias para garantir clareza.
Dessa maneira, fica evidente que, ao praticar essas coligações, você acelera sua fluência e, em virtude disso, reduz erros típicos, sobretudo em situações de escrita profissional e acadêmica. Em conclusão, dominar a preposição “com” em inglês passa, acima de tudo, por reconhecer quando ela corresponde a with e quando, por outro lado, exige at, to, on, of ou about. Em suma, esse conhecimento é, com toda a certeza, decisivo para evitar equívocos, ampliar a precisão e, por conseguinte, comunicar-se com naturalidade em qualquer contexto.
Créditos e agradecimentos
Antes de mais nada, é importante reconhecer que nenhum trabalho é construído de maneira isolada. Durante o 13º Congresso da ABRATES, realizado em São Paulo, os colegas Renato Geraldes e Luiza Levy apresentaram uma palestra extremamente enriquecedora e, acima de tudo, inspiradora. Aliás, entre os muitos tópicos discutidos, eles chamaram a atenção para erros comuns relacionados ao uso da preposição com em inglês, ponto que, por consequência, serviu de base para várias das explicações desenvolvidas aqui.
Além disso, vale destacar que momentos como esse demonstram, de forma análoga, a força da colaboração entre profissionais. Em virtude dessa troca, novas ideias surgem e, eventualmente, transformam-se em materiais úteis para toda a comunidade. Portanto, agradeço com toda a certeza a Renato Geraldes e Luiza Levy pela generosidade em compartilhar conhecimento e, sobretudo, pelo estímulo direto que proporcionaram para a criação deste post. Em conclusão, esse reconhecimento mostra como o aprendizado coletivo é, por conseguinte, essencial para fortalecer a educação.
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