Microfone não é apito nem pandeiro!

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Ulisses Wehby de Carvalho

Microfone

Microfone não é apito nem pandeiro!

Acontece sempre, não tem jeito. O intérprete está em sua cabine, atento, com os fones bem ajustados aos ouvidos fazendo a tradução simultânea de uma palestra. O som lhe chega aos ouvidos por um microfone, geralmente de lapela, colocado no tórax do(a) orador(a). Tudo está funcionando perfeitamente bem. Depois de algum tempo, alguém levanta a mão para esclarecer uma dúvida. Até aí, nada de mais. O problema é que a pessoa pega o microfone (em geral um bastão, sem fio) e, para checar se ele está ligado, aplica-lhe aquilo que a seu ver são duas ou três batidinhas inocentes.

microfone

Para quem está no auditório e ouve o barulho pelas caixas acústicas, o ruído não chega a incomodar. TUM, TUM, TUM… muitas vezes seguidos de uma ou mais assopradas com a boca colada no microfone. Na ótica, ou melhor dizendo, na audição de quem está de fone de ouvido, os estrondos são violentos e dão a impressão de que vão furar o seu tímpano. Com um pouco de sorte, o zunido desaparece alguns minutos depois. Quem já sentiu na pele, ou melhor, no ouvido, conhece muito bem a sensação que descrevi.

Na maioria das vezes, quando tenho visibilidade de todo o auditório, tenho o cuidado de abaixar bem o volume do meu fone para não ser pego de surpresa. Outras vezes, no entanto, não enxergo todos os participantes e sou pego desprevenido. Confesso que até já pensei em dizer as seguintes frases da cabine:

  • Meu tímpano está em suas mãos, trate-o com carinho!
  • Microfone não é pandeiro!
  • Microfone não é apito!
  • FDP! (É brincadeira… claro!)

Rabugice e brincadeiras à parte, fica a dica: para verificar se o microfone está ligado, diga “Alô!”, “Teste, teste!”, “Um, dois, três… testando.” ou qualquer outra frase de sua preferência. Entendeu ou quer que eu FALE MAIS ALTO?!? 😉

Cf. Tradução Simultânea de Cochicho

Cf. Sabe inglês? Vire intérprete…

Cf. Como ser tradutor e intérprete

Speak up! We’re listening…

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EryckTQ
EryckTQ
13 anos atrás

Muito legal a imagem do post.
Dá até pra sentir o sofrimento da pessoa.

Raquel Schaitza
14 anos atrás

Olha Ulisses, acho que é bem esse o segredo: o número de “professores” que vocês têm em SP. Aqui dá para contar nos dedos de uma mão os intérpretes realmente dispostos a impor condições profissionais. E assumir eternamente essas outras tarefas educativas suga uma energia… não que a gente não morra tentando.
Até a próxima.

Raquel Schaitza
14 anos atrás

Oi Ulisses, dou umas espiadas nas tuas dicas, sim. Olha, vou começar a treinar para essa de parar de traduzir a cada 2º microfone aberto. Confesso que nunca tive coragem de pegar pesado assim. Mas são 22 anos tentando treinar todos os envolvidos no processo. A rotatividade desse tipo de pessoal é de deixar tonto. Sempre é um novo técnico, uma nova mocinha, e haja paciência para ensinar eternamente. E para mim esse controle estar sempre na mesa de som tem algum mistério, porque já cansei de reclamar e eles me olharem dizendo “mas olhe aqui, estão todos os mikes fechados” e ainda assim eu não sou louca, tenho certeza que estou escutando “coisas”.

Raquel

Raquel Schaitza
14 anos atrás

Ulisses, e há outra que eu a-d-o-r-o na cabine. Vai começar a Q&A, a recepcionista eficiente já fica de microfone em punho, ligado, para passar a quem quiser fazer perguntas. Enquanto espera, bate com o microfone na perna, esfrega na roupa, esbarra na parede, tudo captando a conversa dela com a colega ao lado e/ou das pessoas sentadas nas poltronas próximas.
Agradável ao cubo se são várias recepcionistas espalhadas pelo auditório. Não se sabe se uma ou várias tiveram a feliz idéia de ligar o mike antes da hora e dá-lhe som estranho entrando no nosso fone na cabine por uma eternidade até a Q&A efetivamente começar.
E adianta implorar para as mocinhas ligarem e desligarem o mike só, somente só, na hora que alguém for perguntar? Raramente!

Raquel

Denilso de Lima
14 anos atrás

Adorei o humor no texto! Confesso que ri com o FDP! rsrsrsrsrsrsrs…