If I can stop one Heart from breaking

Tempo de leitura: menos de 1 minuto

Emily Dickinson

If I can stop one Heart from breaking
I shall not live in vain
If I can ease one Life the Aching
Or cool one Pain

Or help one fainting Robin
Unto his Nest again
I shall not live in vain.

Se eu impedir que se parta um Coração
Não terei vivido em vão
Se eu amainar de uma Vida o Sofrimento
Ou abrandar uma Dor, um momento

Ou ajudar um exausto Passarinho
A voltar de novo ao Ninho
Não terei vivido em vão.

Comentários de Tradução

If I can stop one Heart from breaking
Se eu impedir que se parta um Coração

Poema que mostra bem a delicadeza da alma de Emily Dickinson. Mesmo evitando o convívio em sociedade, sentia profundo amor e compaixão pelas pessoas e por todos os seres da natureza.

E embora sua poesia não aborde diretamente temas sociais, ela toca a nossa sensibilidade, nos aprimora, é capaz de fazer de nós seres melhores, mais humanos, e até melhores cidadãos. (Valiosa reflexão do Dr. Sérgio Vellozo, anjo inspirador deste livro.)

Lembrando um poema de Paulo Leminski:

En la lucha de clases
todas las armas son buenas:
piedras
noches
poemas

Or help one fainting Robin
Ou ajudar um exausto Passarinho

Tal como em If I shouldn’t be alive / When the Robins come (veja o comentário nr. 33), fugi de “tordo”, a tradução exata de robin. Além de antieufônica, é uma palavra rara, que causa estranheza, ao contrário do familiar pássaro robin, muito citado em inglês.

Preferi o genérico e familiar Passarinho, que rima com ninho e não deixa de ser uma palavra bonita, incorporando um diminutivo carinhoso.

Referência: “Loucas Noites / Wild Nights – 55 Poemas de Emily Dickinson“, Tradução e Comentários de Isa Mara Lando, Disal Editora, 2010. Leia a resenha. Adquira seu exemplar na Disal.

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4 Comentários
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Clariana Tiburcio
Clariana Tiburcio
11 anos atrás

Adorei a dica!A poesia é linda…me remete à algumas coisas da vida! 🙂

Josmar Barbosa
Josmar Barbosa
12 anos atrás

Poemas são permeados por figuras de linguagens que dão vazão inclusive à ambiguidade de interpretações. Traduzir um poema é uma faca de dois gumes. Eu estava analisando a letra “Pale Shelter” do grupo “Tears for fears” neste contexto que estou abordando.
Encontrei uma interpretação de amor não correspondido.
Encontrei outra interpretação de conflito de fé religiosa.

Enfim, é a ambiguidade da qual vos falei.

Abraços a todos!

Tiago
Tiago
13 anos atrás

Passar poemas para um outro idioma, como nesse caso, ingles – portugues, nao seria algo flexivel, algo que daria a varias margens para traduzir, saindo da intençao original do autor?

Onde o tradutor vira um traidor, como dizem.

Ulisses, talvez suas palavras poderiam silenciar esta pergunta que nao se cala. Pois assisti na TV num canal de cultura, onde apresentava essa questao.

Abraços. Se possivel gostaria de ouvir sua opiniao.